NO PAIN , NO GAIN !


No Pain, No Gain, para quem não conhece (duvido muito), significa Sem Sofrimento, Sem Ganhos, o que faz muito sentido no treinamento com pesos. Sem sofrimento e sacrifícios você não chegará a lugar nenhum neste esporte(isto também funciona para muitas outras coisas na vida). No Pain, No Gain hoje em dia é muito mais do que um simples termo, virou uma filosofia de vida para muitos atletas e aspirantes do fisiculturismo. Você mesmo pode ser um adepto do No Pain, No Gain e ainda não sabe. Sabe aquele dia que você treina duro e sai da academia com um peso na consciência pensando que não treinou tudo e no dia seguinte você não se sente suficientemente destruído e fica mais triste ainda, pronto você é um adepto desta filosofia. Existem também os adeptos da filosofia No Pain, Yes Gain, no qual os seguidores defendem que é possível sim, ter ganhos sem haver sofrimento e sacrifício, o idealizador desta filosofia pesa cerca de 60kg.

Seu treino está leve ? Você sai da academia revigorado e pronto para o resto do dia ? Seu estresse vai embora depois do treino ? Provavelmente você está treinando errado! Como diria o Cabo Tião do filme Tropa de Elite: “Quer moleza ? Mastiga água de cabeça pra baixo!”

O nosso querido corpo humano, odeia mudanças. Toda vez que uma mudança é imposta, ele rapidamente tende a se acostumar e entrar em um equilíbrio, se você treina leve, com certo número de repetições e pesos, depois que o corpo se adaptar você sempre ficará neste patamar. Se a cada treino você levar o seu corpo ao máximo e sempre tentar empurrar cada vez mais carga(com bom senso), você estará forçando o seu corpo a ficar maior para se adaptar as cargas impostas a ele, é claro que a alimentação tem um papel chave nesta história. No Pain, No Gain não é só treinar igual a um mutante na academia, é comer igual a um também. Quem segue uma dieta para hipertrofia a risca, sabe que não é qualquer um que aguenta e fica na linha, alguns tentam e jogam pro alto na primeira micareta.

Se você não está tendo os resultados esperados na academia, reveja seus conceitos. Tem certeza que está dando tudo de sí na academia e fora dela ? Infelizmente ainda não inventaram outra maneira. Pense nisso…

No Pain, No Gain

Treino e princípios basicos para cutting de inverno


Já que estamos no frio aqui em Valadares , decidi postar sobre culting no inverno . Ah, o inverno! Sim, o inverno! Estação preferida de todos para fazer aquele super-bulking: podemos comer de tudo – e temos fome pra isso. Podemos descansar melhor – férias para muita gente, friozinho gostoso… Combinação perfeita pra ir pra cama dormir – ou fazer um aeróbico mais agradável, se é que me entendem. Pois é, o inverno acaba sendo a estação da maromba para quem leva treinamento com pesos a sério (coisa rara pelo que ando vendo).

Mas e o cutting? Acaba sendo deixado para o verão – praia, festas, carnaval, mulherada… Pelo menos para a galera que curte essas coisas. Dificilmente um marombeiro sério perde tempo, energia e, portanto, preciosa massa muscular, dançando loucamente atrás de trios elétricos, enchendo a cara, tomando balas, doces e ficando acordado 72 horas seguidas… Enfim, todo mundo sabe do que eu estou falando.

E que tal usar o inverno em seu favor para conseguir mais definição – e mais rápido – já pensou nisso? Pois é, amigo, você vai ver que a idéia é muito, muito boa, apesar de exigir muita disciplina, dedicação e seriedade. Basicamente, este texto é destinado aos atletas que levam o fisiculturismo a sério MESMO e que estão dispostos a fazer sacrifícios um tanto quanto extremos para atingirem seus objetivos de longo prazo que envolvam definição sobre-humana.

Então é o seguinte: se você quiser ficar mais trincado que o Grand Canyon, amigão, eu tenho uma idéia muito boa pra você – treine loucamente no inverno. O desafio é grande e os obstáculos, maiores ainda. Se você não estiver acostumado ou motivado, melhor nem começar para não se frustrar. No entanto, se quiser encarar essa e mostrar um Abdome Grand Canyon, a hora é essa! Vamos?

De volta aos princípios básicos

Treinar no inverno. Para definição. À primeira vista, isso parece loucura: aeróbicos no frio? Nada de carboidratos em pleno inverno? Você só pode estar de brincadeira, né? Mas não estou!

Sabemos muito bem que o corpo precisa manter sua temperatura para que você não morra. Sabemos, também, que no inverno o corpo precisa gastar mais energia para manter sua temperatura para que você não morra – por isso sentimos tanta fome no frio. Sabemos, por fim, que o que você precisa pra perder gordura é ter um déficit calórico, ou seja, que você precisa gastar mais energia do que ingere. Então, a idéia do cutting no inverno é aproveitar o déficit calórico natural que é criado pela variação de temperatura e adicionar a ele um treino intenso e uma dieta bem estrita, de modo a perdermos a gordura que esconde nossos preciosos músculos de forma mais rápida e eficiente.

Seu arsenal na luta contra a gordura

Você já sabe do básico: poucos carboidratos, muitas proteínas e gorduras essenciais na medida certa. Além disso, suplementação adequada para seus objetivos. E o que podemos inserir nessa fase? Termogênicos, obviamente! O mercado tem uma ampla gama de termos pra você escolher e eu não quero fazer propaganda de nenhum. Se quiser alguma dica, procure reviews ou me mande um email.

Os termogênicos – os bons, tá?, não esses placebos que só tem cafeína – vão aumentar sua temperatura corporal através do processo de queima de gordura (pelo menos é isso que prometem), acelerando seu metabolismo e auxiliando na queima de gordura. Na prática, um termogênico deve auxiliar de 10 a 15% na queima de gordura corporal, dependendo da sua genética. Ele não faz milagres, mas qualquer ajuda é bem-vinda nessa hora de dificuldade. Uma ressalva: não use outros suplementos ou alimentos que contenham cafeína ou qualquer tipo de estimulante durante o uso de termogênicos – pode causar sérias complicações cardiorrespiratórias.

Não se esqueça dos BCAAs, aminoácidos essenciais e de um suplemento vitamínico bom, pra que você tenha tudo de que precisa nessa fase de privação. E coloque mostarda nas suas refeições – ela aumenta o metabolismo em até 25%.

Princípios de Treinamento para Cutting

Na fase de cutting, devemos aumentar as repetições para 15 ou até 20 por série, certo? Erradíssimo. Faça isso e obrigatoriamente vai ter que reduzir o peso utilizado. Isso significa menos tensão e menor exigência dos músculos. Você não quer correr a maratona de São Francisco, quer? Não! Você quer ficar gigante e rachado, certo? Certo! Então ESQUEÇA esse papo de aumentar repetições na fase de cutting: esse é o erro principal e o que mais custa massa muscular aos marombeiros de plantão.

Mas qual é a razão disso? Simples: você está em estado de privação energética (não estou falando de Hadoukens ou Kame-Hame-Has) e seu corpo vai querer desesperadamente devorar o que mais lhe consome energia – sua preciosa massa muscular. Todos sabemos que a gordura não consome energia nenhuma pra ser mantida no corpo, é apenas reserva. Vamos fazer uma comparação explicativa, só pra ilustrar mais ou menos como a coisa funciona:

Seu carro tem um tanque de combustível de 50 litros e uma reserva de 5 litros. Imagine que o tanque de combustível seja sua massa muscular e a reserva seja seu percentual de gordura. Como funciona o carro? “Ora, depois que acaba o combustível, o carro começa a usar a reserva, qualquer retardado sabe disso!”. Ótimo, então você já tem sua resposta: a menos que você tome MUITO cuidado com sua alimentação e treinamento, seu corpo vai queimar sua massa muscular inteira antes de chegar até a gordura. Isso porque os músculos consomem uma quantidade colossal de energia simplesmente para continuarem existindo ali, do tamanho que estão. Em caso de privação, amigo, a primeira coisa é cortar gastos e seu corpo é especialista no assunto!

E como fazer para o corpo manter a massa muscular e se concentrar na queima de gordura? Além da dieta, o seu treino vai ser a base de tudo. E quando digo treino, eu me refiro a treino praticamente insano. Você vai AUMENTAR A INTENSIDADE do treino e até os pesos. Por mais controverso que isso pareça, a idéia é bem sólida: os sinais que o corpo vai receber com um treino intenso e pesado vão dizer claramente “PRESERVE A MASSA MUSCULAR! EU PRECISO DELA A TODO CUSTO POR QUESTÕES DE SOBREVIVÊNCIA! USE A GORDURA! OUVIU, SEU PUTO?!”

E como é esse treino?

O Treino

Como sabemos, treinos intensos e pesados envolvem exercícios compostos. Isso significa Levantamento Terra, Agachamento e Supino, os Três Grandes da Musculação. São os exercícios que recrutam os maiores músculos do corpo e que envolvem a maior quantidade de músculos em sua execução. Você PRECISA deles na sua rotina de cutting, a menos que tenha algum problema que o impeça de realizá-los.

Prefira halteres, também, já que envolvem mais músculos estabilizadores do que a barra, que permite uma compensação de força com seu lado mais forte.

E como seria um treino de definição? Simples, rápido e insanamente intenso. Segue aqui um programa-exemplo em linhas gerais para mostrar ao seu corpo, de uma vez por todas, quem é que manda. NOTA: O treino a seguir é só um EXEMPLO. Sua genética, necessidades, capacidades e disponibilidade ditam as regras. Use o exemplo a seguir como guia, se quiser.

DIA 1 – COSTAS

Levantamento Terra – 4×6-8

Série estendida na barra fixa – 50 reps em quantas séries forem necessárias

Remada unilateral com halteres – 4×6-8

Remada sentada em aparelho (não em polia) – 4×6-8

DIA 2 – PEITO

Supino reto com halteres – 4×6-8

Supino Inclinado com halteres – 4×6-8

Supino declinado com halteres – 4×6-8

Crucifixo inclinado – 4×6-10

DIA 3 – PERNAS

Agachamento livre – 4×6-8

Leg press – 4×8-10

Extensão de joelhos – 4×8-10

Flexão de pernas – 4×8-10

Panturrilhas – O que funcionar melhor pra você.

DIA 4 – Bíceps e Tríceps

Bíceps

21s – 3 sets

Rosca direta em banco inclinado (com halteres)– 4×6-8

Rosca alternada – 4×6-8

Tríceps

Mergulho em banco – 4×6-10

“Skull Crusher” ou “Tríceps Testa” – 4×6-8 (cuidado com a execução)

Rosca tríceps fechada – 4×6-8

Puxada inversa na polia – 4x-8-10 (ajuda a dar forma total para o tríceps)

DIA 5 – Ombros

Desenvolvimento frontal com halteres – 4×6-8

Desenvolvimento com barra por trás da nuca – 4×6-8

Elevação lateral com halteres – 4×6-8

(Opcional) Desenvolvimento na máquina – 4×6-8

Os abdominais devem ser treinados 3 vezes por semana (com um dia de descanso entre cada treino abdominal), com um ênfase dividido entre abdominais superiores, inferiores e oblíquos. Também é muito útil adicionar exercícios para o músculo transverso abdominal, sempre ignorado nos treinos para essa região. Esse músculo só é atingido com exercícios isométricos, como vacuums e coisas do gênero. O treino para o transverso pode ser feito no sábado ou no domingo, dependendo de como estiver sua rotina. Também pode ser feito durante a semana, sem problema nenhum. Os exercícios para o transverso são desagradáveis e tediosos, mas vale a pena dar uma pesquisada no assunto.

Como notamos, o treino envolve os exercícios mais básicos da musculação, com poucas repetições e, obviamente, uma carga elevada. Isso se deve ao fato de o básico ser, em minha opinião, a melhor opção para o objetivo de conservar massa muscular (e até ganhá-la) – do contrário, não seria chamado de “básico”. É importante ressaltar que aqui nós queremos dar uma ênfase elevada aos músculos que treinamos (por isso treinamos um grupo por dia, com intensidade total) e, portanto, é bom que a execução seja feita de maneira bem estrita para que, dessa forma, tenhamos um esforço maior por parte daquele grupo muscular.

E os aeróbicos?

Todos sabemos que os aeróbicos são obrigatórios na fase de cutting, a menos que você tenha uma daquelas genéticas de mutante. No entanto, se você tivesse uma genética de mutante, dificilmente estaria lendo este artigo e passando pelo inferno que é o treino de cutting no inverno. Então, como fazer? Isso depende, e MUITO, da sua genética. Eu, pessoalmente, sou um grande fã dos aeróbicos de baixa intensidade realizados em jejum. Ou quase-jejum: aminoácidos essenciais, bcaas e /ou glutamina e/ou leucina pura ou um mix de tudo isso antes de correr/pedalar/nadar/etc deve garantir um suprimento adequado de aminoácidos para o seu corpo durante a atividade física, evitando assim o catabolismo muscular que tanto nos atormenta.

Este pequeno texto não pretende fazer apologia a nenhum tipo de aeróbico específico, então não entrarei em detalhes – para mais informações, idéias, críticas ou sugestões, entre em contato. Faça o aeróbico que você achar melhor para si mesmo, na intensidade que achar melhor. No entanto, eu recomendo que os exercícios aeróbicos tenham uma intensidade baixa ou moderada, nunca alta. Em resumo, isso se deve ao fato de o corpo “não ter tempo” de oxidar as gorduras para usá-las como combustível se você precisar de muita energia em um intervalo de tempo muito pequeno.

Resumo e Conclusão

Princípios básicos:

Baixo carboidrato, alta proteína, gorduras na medida certa;

Treino curto e intenso (até mais intenso que durante o bulking);

Descanso adequado (mais fácil de conseguir isso durante o inverno);

Termogênicos;

Suplementação adequada;

Dedicação, disciplina e comprometimento.

O treinamento de cutting no inverno é árduo, intenso e desagradável. Envolve uma renúncia a todas as guloseimas deliciosas do inverno que poderíamos devorar sem (muita) culpa se estivéssemos em fase de bulking. No entanto, é um treinamento extremamente recompensador, que lhe permite resultados mais rápidos, mais profundos e até mais duradouros, já que você não vai querer perder sua definição no verão e com certeza vai se concentrar ainda mais na manutenção da gordura corporal enquanto cresce.

Para os Summer Chickens e baladeiros de plantão, podemos citar o benefício de este treinamento permitir uma maior volumização muscular no verão sem perdas acentuadas na definição conseguida a duras penas durante o inverno. No entanto, um Summer Chicken que se preze jamais vai ter trabalho físico no inverno, já que isso seria uma contradição em termos.

Espero ter ajudado.

Um abraço e bons treinos,

Uma das perguntas mais frequentes que eu recebo a respeito do treino de peito é como construir massa muscular na parte média(como preencher aquela parte vazia entre os peitos) e na parte superior, criando aquele aspecto quadrado no peitoral.

A maioria das pessoas geralmente não tem problemas com a parte inferior do peitoral porque o supino reto recruta com facilidade esta área, e não existe treino de peito no mundo no qual o supino não esteja incluído.

A causa mais comum para um desenvolvimento fraco na região média e superior do peitoral é a pouca amplitude de movimento em exercícios como o supino. É um problema muito comum. Muitas pessoas só querem saber quanto peso conseguem levantar em vez de treinar corretamente e focar o treino para crescimento muscular.

Muitas pessoas quando treinam pesado, usam poucas repetições com uma amplitude de movimento limitada. Então os músculos não ficam sobre tensão o tempo suficiente para estimular crescimento. Em outras palavras, você estimula muito pouco as partes internas e superiores do peitoral.

Nota: existe o momento certo para incluir no treino as repetições parciais com bastante carga.

Para o peitoral crescer, ele precisa ser trabalhado com a amplitude máxima do movimento. Na parte mais baixa do movimento do supino, o peitoral deve ser alongado através da envergadura da parte superior das costas, para fazer isto você precisa puxar os dois ombros para trás, esticando o peitoral o máximo possível. A cada repetição tente expandir mais o peitoral na parte baixa do movimento e contraia no topo.

Outro problema que pode atrapalhar a ativação da parte média e superior do peito é pegar na barra com as mãos muito distantes. Isto não permite que você puxe os ombros para trás e também atrapalha o movimento natural dos braços e ombros.

Uma boa dica para pegar na barra é colocar as mãos em uma distância um pouco maior que a largura dos ombros. Tente fazer isto no seu próximo treino de peito, pegue a barra com uma distância média, puxe os ombros para trás e expanda o peitoral o máximo que puder. Você verá que as áreas média e superior do peito irão trabalhar muito mais.

Fazer o exercício da maneira correta deve ser a sua prioridade em qualquer treino, mas escolher os exercícios certos é igualmente importante. Se a parte superior não quer crescer, evite qualquer trabalho declinado para o peito. Faça apenas supino reto e inclinado.

Tente uma média de 10 a 12 repetições. Isto fará com que os músculos fiquem sobre tensão o tempo suficiente para estimular a hipertrofia muscular, principalmente no meio e em cima do peitoral. Se você não consegue fazer 10 repetições sem ajuda, então você está usando peso demais. Abaixe o peso até que você consiga fazer 10-12 sem ajuda de ninguém e não se esqueça de fazer o movimento com a amplitude máxima, expandindo o peito embaixo e contraindo no topo.

Treinar assim pode desanimar algumas pessoas que são movidas pelo ego, afinal baixar as cargas e fazer mais repetições não parece muito “hardcore” comparado com poucas repetições mal feitas e peso suficiente para deixar qualquer um azul. As vezes precisamos deixar o ego de lado para construir um corpo mais evoluído.

Mito : Você não pode treinar mais de uma vez por semana o mesmo grupo muscular


Acredito que no fisiculturismo moderno os dois maiores medos são entrar em overtraining e não ingerir a quantidade necessária de proteína. Infelizmente em ambos os casos, o conhecimento geral sobre o assunto é o errado. Especialmente quando o assunto é saber se você está treinando demais ou não.

A situação chegou a um ponto onde jogamos o “demônio do overtraining” na cara de qualquer pessoa que recomende treinar um músculo mais do que uma ou duas vezes por semana ou fazer mais de 16 séries para um único grupo muscular durante o treino.

Eu acredito honestamente, com a minha experiência após treinar mais de 500 atletas e pessoas comuns, que quanto mais você treinar sem exceder a sua capacidade de recuperação mais você crescerá.

Ao mesmo tempo que você não deve exagerar no treino; a maioria das pessoas estão perdendo ótimos ganhos só porque estão com medo de treinar demais.

Você é um escravo do “demônio do overtraining”.

O medo do overtraining se tornou tão grande que a maioria das pessoas têm medo de treinar o mesmo grupo muscular mais do que uma vez por semana. Isso é burrice. Os fisiculturistas de antigamente treinavam cada grupo muscular 2 ou 3 vezes por semana e não utilizavam tantos esteróides anabolizantes como hoje. Levantadores olímpicos fazem agachamento diariamente, as vezes duas ou três vezes por dia. Fazendeiros trabalham usando o corpo inteiro todos os dias, 10 a 12 horas por dia, as vezes até mais.

O problema é que as pessoas ligam diretamente o termo overtraining com “treinar demais”. Então toda vez que alguém vê um treino mais volumoso, com mais frequência ou usando métodos avançados, o termo overtraining parece na cabeça automaticamente. Quando as pessoas estão cansadas e fazem alguns treinos com baixo rendimento elas automaticamente assumem que estão em overtraining. Em ambos os casos isto mostra que houve um desentendimento do que o overtraining realmente é.

Overtraining é um estado causado pelo acúmulo excessivo de estresse fisiológico, psicológico, emocional, ambiental e químico que gera um declínio na performance física e mental e requer um período relativamente grande para recuperação.

Um estado de overtraining leva meses de estresse excessivo para se formar. E quando alguém chega nessa estado, leva várias semanas(até mesmo meses) de descanso e medidas de recuperação para voltar ao normal. Se alguns dias de descanso já são o suficiente para você voltar ao normal, você não está em overtraining. Você provavelmente estava sofrendo de algum acúmulo de fadiga e só.

Ao evitar continuamente um nível mais alto de treinamento, você nunca atingirá o seu limite individual e sofrerá facilmente de fadiga acumulada toda vez que tentar aumentar o nível de estresse do treino.

Eu vou te contar uma coisa: músculos se recuperam rápido… o tecido muscular em sí é muito difícil de se estressar. O perigo mora em estressar mais o sistema nervoso e hormonal do que os músculos em sí.

Treinar um músculo mais do que uma vez na semana não é proibido, já que o tecido muscular se recupera rápido. O que pode se tornar um problema é fazer treinos que estressam o sistema nervoso demais. Isto sim pode levar o corpo a um estado de fadiga acumulada.

Os músculos podem se recuperar muito bem e ainda aguentar tranquilamente mais de um treino por semana.

Se você não desafiar os músculos com frequencia, seu corpo não construirá adaptações crônicas, pois a frequência não será suficiente para justificar o gasto dos recursos para contruir o corpo.

Eu recomendo treinar cada músculo frequentemente, diretamente ou indiretamente, enquanto minimiza o estressa no sistema nervoso central.

Quanto mais você treinar pesado um músculo, mais oportunidades você terá para crescer.

E quanto mais você exigir dos músculos, mais os seus ganhos serão sólidos e permanentes. Eu posso ficar sem treinar por 4-6 semanas e não perder nada.

O truque é evitar o estresse no sistema nervoso central, ou seja, treinar até a falha sempre, acentuar demais a parte excêntrica do exercício ou treinar além do limite com muita frequência. Você tem que treinar pesado, porém com inteligência. O objetivo é treinar de uma maneira que você possa treinar cada músculo frequentemente, porém sem fadigar o sistema nervoso.

Como elaborar uma boa dieta .

Peito de Frango!

Rodolfo Anthero de Noronha Peres*

No cotidiano de nutricionistas, treinadores, atletas experientes e de qualquer pessoa envolvida com treinamento com pesos, algumas perguntas são muito frequentes:

Qual suplemento eu tomo para crescer? O que eu devo comer antes do treino? Quais alimentos são bons para mim?
Sem dúvida, os profissionais são capazes de imediatamente sanar algumas dúvidas mais básicas, tais como: inclua alimentos fonte de proteína em sua dieta; cuidado com carboidratos simples e gorduras saturadas; mantenha uma ótima hidratação; aumente sua ingestão de fibras, vitaminas e sais minerais ingerindo mais frutas, legumes e verduras; tome um suplemento de proteína associado com carboidrato imediatamente após o treino, etc.

No entanto, sabe-se que para um indivíduo obter um resultado realmente satisfatório em seu programa de treinamento, é necessário mais do que apenas essas dicas, mas sim um programa nutricional totalmente individualizado, elaborado por um nutricionista esportivo competente.

Por onde começar?

Nenhum programa nutricional poderá ser elaborado, sem a estimativa do valor calórico total da dieta. Normalmente, se observa que muitos profissionais utilizam apenas as fórmulas fornecidas por softwares, livros e outras fontes. Este método pode servir até como um ponto de partida, porém, acaba ignorando uma de nossas maiores características: individualidade biológica! Ou você acredita que duas pessoas com a mesma idade, sexo, atividade física e atividades gerais apresentam exatamente o mesmo gasto energético?
Que bom seria, pois nosso trabalho seria muito menos árduo. Mas na prática é bem diferente.

A melhor maneira de se estimar o gasto energético real de um indivíduo (além de ter as fórmulas como base) é considerando a ingestão calórica habitual média. Isto pode ser obtido por meio de entrevista com um profissional experiente, ou ainda com a comparação de um registro alimentar (método no qual o indivíduo descreve tudo o que ingeriu naquele período determinado) com as eventuais mudanças antropométricas ocorridas no mesmo período. Recomenda-se que o ideal seja obter uma média da ingestão de no mínimo uma semana.

Após estabelecer o gasto energético diário, devemos adicionar calorias, pois nosso objetivo é aumentar a massa muscular. Neste momento, não deve haver erros, sendo que um aumento exagerado irá proporcionar acréscimo no tecido adiposo, assim como um aumento insuficiente não proporcionará o desejado ganho de massa muscular. Temos obtido sucesso quando trabalhos com um aumento em torno de 20% na ingestão calórica. Por exemplo, se o gasto energético diário é de 3000 kcal, a ingestão alimentar deveria ser de 3600 kcal para se obter ganho de massa magra.

O segundo passo seria dividir este valor calórico entre cinco e sete refeições diárias, visando manter um melhor aproveitamento dos nutrientes ingeridos. Sabe-se que os horários equivalentes ao desjejum, alimentação pré e pós-treino, devem apresentar uma maior ingestão calórica do que os demais horários. Tal como no exemplo logo abaixo:

Refeição #1 20%
Refeição #2 10%
Refeição #3 10%
Refeição #4 20% (pré-treino)
Refeição #5 20% (pós-treino)
Refeição #6 10%
Refeição #7 10%

O exemplo acima varia de acordo com características individuais, tais como: horário de treino, rotina de atividades diárias, etc. Muitas pessoas ainda acreditam que apenas a alimentação no período pós-treino é a chave para o sucesso! No entanto, de nada adiantaria uma ótima refeição pós-treino se as demais refeições não seguirem o mesmo padrão de qualidade.

Agora que já temos o valor calórico e seu respectivo fracionamento, podemos organizar os nutrientes.

E adivinhem por onde começamos? Isso mesmo, proteínas!

Não que apenas a ingestão adequada de proteínas será o suficiente, mas este nutriente é essencial para nosso sucesso. A questão é a dificuldade em se obter proteínas de fontes alimentares convencionais, visto que os melhores alimentos fonte (carnes magras, ovos, etc) necessitam de um preparo não muito prático para a maioria das pessoas que possuem outras atividades além da academia, sejam elas acadêmicas ou profissionais. Neste momento, os suplementos protéicos são de grande valia, mas isto é assunto para outro artigo.

Normalmente, quando se almeja hipertrofia muscular, trabalha-se com uma ingestão protéica na ordem de 2 gramas/kg/dia, valor este corroborado por inúmeros estudos. No entanto, muitas vezes trabalhamos com valores um pouco maiores, tais como 3 gramas/kg/dia ou até mesmo 4 gramas/kg/dia.

Mas não seria desperdício?

Não. Ocorre que a ingestão protéica neste caso não está somente relacionada com a síntese protéica, mas também com um processo de auxílio na queima de gordura corporal, visto que a metabolização da proteína exige um maior custo energético para o organismo, além de auxiliar no controle da liberação do hormônio insulina quando presente em todas as refeições do dia. Isto funciona muito bem para aqueles indivíduos com dificuldade em perder gordura corporal, com um metabolismo lento, os quais se beneficiam mais com uma dieta controlada em carboidratos e mais rica em proteínas. Já para pessoas com metabolismo rápido, procuramos manter a ingestão de carboidratos mais elevada associada com uma ingestão protéica em torno de 2 gramas/kg/dia. Com isto, novamente vemos que a dieta deve ser sempre individualizada. Não existe receita de bolo!

O segundo passo seria estipular a ingestão de lipídios. Lembrando que ela é fundamental para o processo de hipertrofia, visto a importância desse nutriente na produção do hormônio anabólico testosterona. Consideramos suficiente uma ingestão em torno de 20% das calorias totais, mas dependendo do indivíduo e da fase de preparação, podemos trabalhar com até 30% das calorias totais provenientes de lipídios.

Para estipularmos a ingestão de carboidratos, é fácil. Apenas somamos o valor calórico que deve ser ingerido de lipídios com o valor calórico que deve ser ingerido de proteínas e subtraímos do valor calórico total. Para esse cálculo, devemos ter em mente que 1 grama de carboidrato equivale aproximadamente a 4 calorias; 1 grama de proteína equivale aproximadamente a 4 calorias e 1 grama de lipídios equivale aproximadamente a 9 calorias.
E quais alimentos eu devo escolher?

Devemos escolher alimentos protéicos de alto valor biológico, tais como: frango, peru, peixe, carne vermelha magra, claras de ovos, queijo cottage, mix protéicos, whey protein, só para citar alguns exemplos.

Quanto aos lipídios, devemos impor um limite de até 1/3 destes ser proveniente de gorduras saturadas, sendo que o restante deve provir de gorduras mono e poliinsaturadas. Bons exemplos seriam: azeite de oliva extra virgem, oleaginosas, abacate, óleo de canola, triglicerídeos de cadeia média, óleo de boragem, ômega 3, etc.

Os carboidratos podem ser divididos ao longo do dia da seguinte maneira:
• 20% no café da manhã
• 20% na refeição pré-treino
• 20% na refeição pós-treino
• 40% restantes divididos igualmente nas demais refeições

Devemos preferencialmente escolher alimentos fonte de carboidrato de baixo índice glicêmico. Este índice reflete o impacto que a ingestão de carboidratos proporciona na glicemia e está relacionado diretamente, portanto com o controle do hormônio insulina. Ótimas fontes seriam: batata doce, mandioca, cará, inhame, arroz integral, pães integrais, aveia e macarrão integral. A escolha de alimentos integrais também nos auxilia quanto à ingestão de fibras, vitaminas e sais minerais. Nos momentos relacionados ao treinamento (logo antes e imediatamente após), podemos utilizar carboidratos com um índice glicêmico mais elevado, tais como maltodextrina e dextrose.



Leia mais: http://www.hipertrofia.org/blog/2009/12/09/elaborando-uma-dieta-para-aumento-de-massa-muscular/#ixzz1Nyg2814H

Bulking e Cutting

O bulking e o cutting são fases produtivas do fisiculturismo, o bulking é a adição e o cutting a subtração. No cutting você remove a gordura preservando o máximo de massa muscular – de forma irônica, o bulking é a fase onde tentamos ganhar massa muscular evitando o máximo o ganho de gordura corporal.

“Bulking Leve” ou Cutting para Crescer

Se você freqüenta fóruns sobre musculação ou lê bastante sobre o assunto você já deve ter visto muito estes termos. Aparentemente o bulking leve ou cutting para crescer são formas para se ganhar massa muscular sem ganhar gordura ou fazer o milagre de perder peso e ganhar massa ao mesmo tempo. Com certeza são muito atrativos, mas nem de longe são os mais efetivos.

Se você quer poupar uma grande dor de cabeça e a chance de se decepcionar, eu sugiro que você escolha fazer um cutting ou um bulking correto. Não faça a besteira de tentar definir e ganhar massa muscular ao mesmo tempo. O máximo que você vai conseguir é ganhar um pouco de massa ou perder um pouco de gordura, ou muito pouco dos dois. Focar nos dois ao mesmo tempo é extremamente difícil e desgastante.

Coloque algo na sua cabeça: fisiculturismo é um estilo de vida e requer determinação, trabalho duro e especialmente tempo. Faça uma coisa de cada vez e não coloque a carroça na frente dos bois.

Fisiculturistas Famosos em Off-Season

Até mesmo a elite abre mão da definição para colocar mais massa muscular na carcaça!

Se você está acima do peso, faça um cutting até perder o acúmulo de gordura e então faça um bulking para ganhar massa com o mínimo de gordura, lá para frente você conseguirá perder o resto das gorduras e mesmo assim manter a maior parte da massa muscular que ganhou.

Se você está “abaixo” do peso, comece a formular o seu bulking e boa sorte nos ganhos. Caso acumule gordura no caminho, não estrague seu treinamento tentando perder essa gordura. Ganhe o máximo possível e lá na frente pense em queimar esse excesso.

Bulking Sujo

Na maioria das vezes este termo é usado como uma desculpa esfarrapada para se entupir de porcaria. Também é o famoso caso daquele cara que é gordinho e diz que está em off-season. Só se for off-season eterno.

Bulking é uma forma sistemática para ganhar peso e força, ou seja, você estará ciente de tudo o que está ingerindo: calorias, proteínas, gorduras e carbos. Controlando todos os nutrientes para gerar hipertrofia e ganho de massa com o mínimo de gordura.

Bulking Sujo é a forma de ganhar peso comendo todo tipo de porcaria possível para alcançar uma quantidade de calorias estratosférica no fim do dia. Alguns fisiculturistas(Lee Priest) fazem uso desta técnica, mas a sua genética e uso de certas substâncias ajudam com total eficácia na hora do cutting. Muitas pessoas que entram no perigoso bulking sujo não conseguem sair mais e acabam com grandes quantidades de gordura acumulada.


Lee Priest em Off-Season

Palavras Finais

Toda essa confusão que gira em torno do bulking e cutting geralmente é gerada pela pressa pelos resultados. Porém, escolher métodos mirabolantes como crescer e definir ao mesmo ou usar um bulking sujo vai fazer com que a sua jornada seja mais demorada ainda. Se você quer resultados “rápidos”, porque não fazer as coisas da maneira correta ?

No fisiculturismo geralmente o caminho mais difícil é o mais rápido e eficiente, por mais demorado que pareça ser.

Boa sorte!

Qual o elemento mais importante no ganho de massa muscular ?

A primeira vez que eu completei uma dieta real de fisiculturismo, eu me lembro de ter ficado chocado com os resultados. Eu olhava no espelho e pensava: “Então era isso que todos aqueles treinos pesados, aeróbicos em jejum e suplementos deveriam estar fazendo!”. Então qual é a mágica ?

Nada demais, eu apenas fiz uma dieta correta, mas com menos carbo. Eu fiquei maravilhado da forma que a gordura foi embora rápido. Foi aí que eu finalmente entendi que nada substitui a dieta.

A lição é esta: Treinamento pesado é o carro e a dieta é o volante!

A maioria das pessoas focam demais no treino e suplementação. Elas pulam os artigos sobre dieta e nutrição e vão direto no artigo: “Treinando Biceps com Arnold” ou “Melhor Suplementação para Ganhar Massa”. Nos fóruns de musculação é a mesma coisa, as seções de treino e suplementação com milhares de tópicos, enquanto a seção de nutrição fica esquecida. Pode reparar, em qualquer fórum vai ser assim.

A grande verdade é que as maiores mudanças no corpo são feitas através da dieta, não especificamente em como você treina ou os suplementos que usa. Hoje em dia temos acesso a diversos tipos de treino(HIT, HST,DC, etc) e suplementos, mas se a dieta for uma porcaria você está jogando dinheiro, tempo e trabalho no LIXO!

Se você faz um baita treino pesado, se baseia em exercícios compostos e em pesos livres. É um ótimo treino, mas os resultados desse treino vão ser “dirigidos” pela sua dieta. “Se o motorista for ruim, você não vai chegar a lugar nenhum com a sua Ferrari”, entendeu ?

Aquele gordinho que fica horas na esteira o ano inteiro e nunca muda ? Dieta errada!

O magrelo que faz treino hardcore e se intope de hipercalóricos e mesmo assim não muda ? Dieta errada!

Conclusão

É mais fácil a sua dieta estar errada do que o treino ou a suplementação. Várias pessoas treinam como monstros na academia, mas comem iguais a bixinhos de estimação. Somente tomando controle sobre a sua dieta você conseguirá alcançar o seu objetivo. Pense nisso!